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Pedro Bandeira e a série Vagalume

Quem se lembra daquele saudoso caderninho de perguntas que rodava as salas de aula na década de 90? Quem é dessa época também se lembra de que, na clássica pergunta “qual seu livro favorito”, as respostas dificilmente variavam. Em sua maior parte, os rabiscos de caneta colorida se dividiam entre alguns poucos títulos, todos da série Vagalume, publicada pela Editora Ática nos idos de 1970.

“A Ilha Perdida”, “O Mistério do Cinco Estrelas”, Os Barcos de Papel”, “O Escaravelho do Diabo”, “O Rapto do Garoto de Ouro” são apenas alguns dos títulos mais famosos que compunham a série que tinha como foco atender ao público infanto-juvenil e que constavam da lista de material escolar. Entretanto, os meus favoritos de toda a coleção eram os assinados pelo autor Pedro Bandeira.

Foi depois de ler “A Marca de uma Lágrima”, por indicação da minha prima, que me tornei fã do escritor e li todos os títulos lançados na época: “A Droga da Amizade”, “A Droga da Obediência”, “A Droga do Amor”, “Anjo da Morte”, “Pântano de Sangue”, entre vários outros. Na minha adolescência, a paixão pelos livros de ação/policial de Bandei- ra me fazia pensar por que ninguém nunca tinha transformado esses títulos em filmes. Foi isso até que fez com que eu prestasse vestibular para o curso de Imagem & Som, com o desejo de me tornar cineasta e focar na produção para um mercado tão esquecido no Brasil, o público jovem-adolescente.

Mais de 15 anos depois, eu não me tornei cineasta e nenhum livro de Pedro Bandeira virou filme. Entretanto, há uma notícia boa para os jovens que, assim como eu [amava os Beatles e os Rolling Stones], adoravam a série de livros: o filme baseado no livro “O Escaravelho do Diabo”, um dos maiores sucessos nas aulas de português dos anos 90, se tornou realidade. Termino deixando o convite para que assistam ao filme e um pedido para que não se esqueçam dos livros e incentivem as crianças a ler!

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